Melinda – Keller Coraggio
Uma e cinquenta e quatro da manhã senti a presença dela chegando leve como uma brisa.
Melinda, é você? Perguntei ainda no escuro. Ela me disse com sua voz doce e terna, sim, sou eu, esta pronta?
Meu coração acelerado, minha respiração ofegante denunciavam a minha grande ansiedade para dar inicio a minha viagem.
Melinda disse, coloque suas mãos pra cima, pois agora vamos voltar no dia em que você conheceu a Amy. Meu coração batia ainda mais forte; teria eu encontrado o caminho para fazer tudo diferente? Teria eu a chance de chegar em um lugar que nunca estive? Teria eu como mudar o passado?
Fazia frio aquela noite, 23 de agosto de 2008. Acabara de sair do trabalho e resolvi alugar umas tas de vídeos;; chuviscava, e eu estava sem guarda chuva, entrei segurando minha bolsa, tentando secar o braços e cabelos.
Logo estava em frente a sessão de filmes que mais gosto, comédias românticas. Perguntei sobre lançamentos e se havia um em especial, o atendente não me ouviu e quem me respondeu foi ela. Olhei três vezes para ver se entendi o que via – uma garota de calças largas, cabelos arrepiados, que quando sorria fechava um pouco os olhos. Respondi imbecilmente com apenas um Oi, e ela tornou a repetir; o filme que quer esta comigo. Parecia que um meteoro tinha caído sobre minha cabeça, meus olhos enxergaram tudo mais claro; acendeu-se um sol na minha frente, meu estomago parecia borbulhar, como a tal história das borboletas.
Aproximou-se e disse: “Prazer, Amy”, e eu totalmente sem reação disse, “certo, sou Eduarda, mas pode me chamar de Duda”. Tive as reações mais idiotas possíveis.
Depois de muito escolher o que gostaria de ver, que foi absolutamente nada, me despedi de Amy, pensando em quando a veria novamente. Então ela saiu correndo com a fita na mão, que o atendente rapidamente lhe entregou, e, parando na minha frente disse, que tal uma carona e um café?
E, nesse momento, Melinda sorria junto comigo ao me fazer lembrar, continue, ela disse.
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