Caleidoscópio – Marina Porteclis
Por vezes, há cores em nós que não vemos
Por vezes, há cores em nós que não vêem
O brilho que escondemos ou que se esconde
A vida que pulsa e pede para ser liberta, mesmo quando não sabemos de onde
Tudo isso pode aparecer
Quando nos permitimos ser o que, de fato, somos
A idade nem sempre está nas rugas
Nos cabelos brancos
No tempo
Está na falta de aceitação do momento
Ou na própria juventude que se desperdiça
A idade nem sempre está na vida
Mas no caleidoscópio de cores
Que gira enquanto nos escondemos
Às vezes por entre sombras
Às vezes por entre flores
Aceitar-se é a única forma de deixar nossas cores verdadeiras virem à tona
Enquanto lutamos contra nós mesmos
Estamos fadados ao fracasso
Apenas quando nos encontramos num sincero abraço
E nos permitimos ser, seja o que for
Podemos oferecer laços verdadeiros
E a cor mais preciosa de todas:
o amor.